17.11.23

sunset-1989887-1920.jpg

Há memórias e ideias que nunca nos desaparecem da ideia, datas que nos ficam marcadas na memória, principalmente ligadas a pessoas que sempre estiveram connosco e deixam de estar.


A minha avó Emília foi, como todas as avós são (ou devem ser), uma pessoa que me marcou imenso, quer como pessoa quer como, erm… “músico” (hesito sempre nesta parte pois não me considero propriamente músico, mas isso são outros cinco tostões). Sabia cantar belissimamente – aliás, fazia parte de uma irmandade em que todos sabiam cantar bem – e conhecia imensas modas, mais do que as que eu alguma vez poderei vir a saber. Durante a minha “fase de aprendizagem” da viola campaniça, sempre que eu vinha “à terra” passar um fim-de-semana ou umas férias à casa dela, os serões eram quase sempre invariavelmente passados na “divisão de fora” da casa, à luz de um candeeiro a gás (sim, porque isso da electricidade chegar a todo lado é mentira – ainda nos dias de hoje), a ouvi-la mais ao meu tio dizer-me para “experimentar esta moda”, “ai, não conheço”, “então é assim” e cantarem-na e eu, melhor ou pior, a ir atrás com a viola. Graças a esses exercícios, acabei por desenvolver um bocado o ouvido e consigo, com relativa facilidade, ouvir modas alentejanas e passá-las para a viola.


A minha avó nunca chegou a ser gravada e é uma pena. Tanto eu como o meu tio fomos imortalizados, há mais de vinte anos, nas gravações do saudoso Rafael Correia e do seu não menos saudoso programa “Lugar ao Sul” da Antena 1, mas ela não. E talvez merecesse que qualquer um de nós, não só pela quantidade de modas que ela sabia cantar (e bem, não me canso de o referir), mas também pela imensidão de rezas que ela conhecia; por exemplo, mal se ouvia um trovão ao longe começava logo a cantar o “Bendito e louvado” ou a apelar a Santa Bárbara. Existe uma excepção, contudo, pois na reedição do livro “Viola Campaniça – O Outro Alentejo” de 2001, no primeiro CD, a acompanhar o tocador Carlos Alexandre Loução a tocar a moda “Santo Antoninho da Serra”, ela aparece a fazer o alto da moda (integrando um grupo feminino constituído “à pressão” e por ela, pela minha mãe e pela minha prima. Contudo, a minha avó, principalmente nesse final da década de 1990 tinha o hábito de fazer gravações de excertos do programa “Património” da Rádio Castrense – exactamente com o mesmo estilo das gravações que se faziam nos programas de discos pedidos, nem mais – quer de participações de tocadores de viola campaniça, quer de cantes ao baldão… e tem sido um arquivo que, mesmo nos dias de hoje, me tem dado algum jeito mesmo para recuperar vozes antigas que entretanto já desapareceram, ouvir-me inclusivamente a mim a tocar há uns 20-25 anos atrás…


E eis que, numa dessas cassetes que eu há semanas, não sei porquê (ou por alguma mensagem vinda do outro lado, quem sabe?) fui novamente desempacotar das caixas onde estavam arrumadas, entre gravações de cantadores ao baldão e violas campaniças, descubro “auto-gravações”, gravações feitas pela minha avó, a cantar ora a solo ora com a minha prima. Como não gostava que a sua voz se perdesse unicamente nos confins da memória, deixo aqui a Canção da Neve (não confundir com a Balada da Neve do Augusto Gil, SFF) e uma cantiga ao baldão feita por ela e por ela cantada.

 

Por último, porquê falar da minha avó hoje, sabendo que ela fazia anos em Janeiro e foi depois do Natal que ela nos deixou? Porque faz hoje exactamente cinco anos que um AVC fez com que a minha avó, aquela pessoa que eu havia conhecido toda a minha vida, desaparecesse. O corpo ficou cá, paralisado de um lado, mas ela, o seu conhecimento, a sua voz, o seu ser, tudo o que a fazia ela, esfumou-se. Seguiram-se quarenta dias… os Quarenta Dias. Não quero falar sobre esses quarenta dias e sei que os carregarei comigo até ao fim da vida; prefiro recordar antes os 34 anos em que tive aquela pessoa “comigo” e procurar honrar o legado que ela me deixou.

disfunção original de Carlos Loução às 11:15

28.07.22

I Encontro de Tocadores de Viola Campaniça, Março de 2009

(alerta: texto enorme a caminho)

Tenho muitos poucos registos com o meu Mestre, com o meu professor de viola campaniça, com o Ti Manuel Bento. Isso acaba por me encher um bocado de tristeza – mas acaba por ser o reflexo da minha relação com esse tradicional instrumento.
Corria o Verão do ano de 1998. Estávamos de férias na casa da minha avó Emília (Deus lhe tenha a alma em descanso) num monte isolado perto do lugar da Corte Malhão, no concelho de Odemira, daqueles onde a electricidade continua a teimar em não chegar (ainda mesmo nos dias de hoje). Ouvia-se a rádio Castrense às quintas-feiras à noite, com o programa Património a levar até nós as poesias populares, os cantadores ao baldão e os tocadores de acordeão/concertina, harmónica e de uma tal viola que era diferente das de seis cordas, uma vez que era de oito cordas, duas a duas, e tinha uma cinturinha mais delgada. Como eu mostrei algum interesse por aquele instrumento, o meu pai perguntou-me se queria aprender a tocá-lo, tendo eu na altura dito que “porque não?”; e pouco tempo depois tinha nas minhas mãos uma viola daquelas que ouvia tocar no programa Património, feita por um construtor que não morava muito longe dali, Amílcar Martins da Silva (que também era tocador) – reza a lenda que ele achava aquela viola tão ruim que esteve para a atirar para um poço… e acabou por a vender por 50 contos. Antes de ma entregar, tocou um bocado bela para que eu visse como se fazia para se tocar – escusado será dizer que olhei para ele como um burro para um palácio, acabando por não perceber absolutamente nada daquilo. Voltaria lá algumas vezes para que o Sr. Amílcar me afinasse a viola, mas claro que quando eu regressava ao monte a viola já havia desafinado novamente (tempo quente é horrível para se manter um instrumento de cordas afinado, principalmente um de fraca qualidade…).
Durante dias, andei de volta daquela viola, tentando tocar qualquer coisa ali, mas não conseguia perceber a ciência daquilo, conseguia ir tocando qualquer coisinha mas duma forma muito arcaica e nada a ver com o que ouvia na rádio; e poderia ter sido esse o final da história e eu ter passado à História como um dos tentaram aprender a tocar viola campaniça e falharam (numa altura em que o instrumento se encontrava em perigo de extinção por falta de tocadores e por falta de interesse da malta jovem, apesar de o Pedro Mestre já ter começado uns anos antes); porém, não querendo que eu desistisse à primeira contrariedade, o meu pai perguntou-me, desta vez, se achava que devíamos procurar alguém que me ensinasse a tocar na viola campaniça; assenti e fomos à procura de um dos homenzinhos (utilizo esta palavra com carinho) de quem ouvia gravações no tal programa e que era considerado pelos seus pares o melhor tocador de viola campaniça existente, o Ti Manuel Bento. Não me recordo como fomos encaminhados, mas sei que dei por mim (mais o meu pai) no cemitério de Garvão, num funeral, a perguntar aqui e ali onde estava o Ti Manuel Bento. Um conhecido do meu pai lá nos apresentou e desde logo eu percebi que estava frente a frente com uma grande pessoa e um grande ser humano. Simpático, humilde, aceitou sem reservas tomar-me como seu aluno e mesmo nessa tarde, depois do funeral, estivemos os três no Lar de Ourique (seu poiso temporário após as cheias de 1997 o terem desalojado da sua casa na Funcheira) onde o Mestre me disse para esquecer os meus parcos avanços e mostrou os locais onde eu deveria colocar os dedos. Não me ensinou moda nenhuma nesse dia e “despachou-me” para o monte com aquela lição, recebendo a recomendação de que devia treiná-la durante a semana que antecedia a aula seguinte. E assim fiz: de vez em quando, parava as minhas brincadeiras, agarrava-me à viola (mesmo fracamente afinada) e repetia a lição que o Mestre Bento me havia ensinado.
Na semana seguinte, voltamos ao Lar de Ourique e eu mostrei, todo satisfeito, aquilo que eu conseguia fazer; e nesse dia o Ti Bento ensinou-me a minha primeira moda, de seu nome “Erva-cidreira”, curta o suficiente para ser simples mas que já dava para perceber o funcionamento do que tinha aprendido na aula anterior. Voltei para o monte para mais uma semana de treino, que abarquei com a mesma disciplina com que o tinha feito com a lição anterior. Quando regressámos ao Lar de Ourique, todavia, eu seria que aquela iria ser a última lição durante os tempos seguintes: as férias de Verão estavam a acabar, o regresso à Margem Sul estava eminente, pelo que iria estar demasiado longe do Mestre Bento para poder continuar a lá ir. Mesmo assim, mostrei-lhe a minha “Erva-cidreira” e ele transmitiu-me que estava bem tocada; e o meu pai tinha levado um gravador com uma cassete para gravar o Ti Bento e garantir que, durante os meses que eu ia estar na Margem Sul, tivesse algo para ouvir e treinar – muito, muito antes de saber o que era Internet e de haver a imaginar a existência do YouTube. E assim levei comigo a “Erva-cidreira” (para não a esquecer), mais o “Meu lírio roxo do campo” e a “Mariana Campaniça”. Lembro-me de me despedir do Mestre com pena, pois já começava a habituar-me àquela rotina de ir ao Lar de Ourique, de estar com aquele velhote simpático e afável e de aprender o que ele me ensinava. E se ele me queria ensinar! Quero acreditar que o facto de haver um miúdo a querer aprender os toques daquele instrumento o fez animar um pouco, visto ele ainda estar a fazer o luto da perda da esposa Perpétua Maria (também falecida em 1997, antes das cheias) e ter receio de não ter ninguém a quem pudesse passar a sua arte. No dia seguinte, se a memória não me atraiçoa (o que não garanto), eu e os meus pais ainda fomos à missa por alma da sua mulher, realizada na antiga escola primária da Funcheira entretanto convertida em capela.
Acabaram as férias e eu e a minha família regressámos a casa. Ocasionalmente voltávamos à casa da minha avó, sempre com a viola para baixo e para cima a meu lado no banco do Yugo 45A, mas sem tempo de irmos visitar o Mestres Bento para lhe mostrar a minha evolução. Se não me engano, o meu reencontro com ele foi nas férias do Natal, já ele se tinha mudado para umas casas da CP nas imediações da estação da Funcheira. Mostrei-lhe orgulhosamente as minhas três modas, ele sorriu e disse-me que não tinha muito mais para me ensinar, que daí para diante era uma questão de ir treinando e aprendendo modas novas.

A partir daí, a forma da minha aprendizagem modificou-se: depois do jantar, não havia serão que eu não fosse chamado a ir buscar a viola, para a minha avó, o meu tio e a minha mãe me ensinarem modas que eles conheciam (e eles conheciam imensas!) e, de vez em quando, o meu pai lá me levava ao Ti Bento para corrigir alguns erros que eu tivesse nas modas: numas não era preciso mexer em quase nada, noutras lá ouvia “Olhe que essa parte não é bem assim…” e ele mostrava-me como a tocava.
Foi por essa altura que ele me começou a falar no cante ao baldão (outra das coisas que eu ouvia no Património e me fascinava!), da estafa que às vezes apanhava durante esses momentos; ensinou-me a melodia do acompanhamento e convidou-me a aparecer num que iria ter lugar no lugar do Vale Ferro, freguesia de Relíquias, no recinto da antiga escola primária. O meu pai lá me levou e eu acabei por me sentar ao lado do Mestre Bento e de outro homem, também seu aluno mas de 60 anos de idade, de seu nome Antônio Bernardo da Aldeia das Amoreiras, principalmente cantador ao baldão (e que linda voz ele tinha!) mas que estava a aprender também a tocar viola “para haver alguém mais novo a aprender”; e naquela tarde o Ti Bento começou a acompanhar o cante mas, pouco depois, “passou-me a batata quente” e eu tive de me desenrascar com a (pouca) arte que tinha e a (fraca) resistência que tinha. Não me recordo de quanto tempo toquei, se fiz boa figura ou não; a única coisa que recordo dessa tarde é de um dos cantadores, o Marcelino do Castelão (Deus o tenha em descanso) a dizer que tinha trazido uma camisa reforçada para a porrada no cante e de a grande maioria dos cantadores (os com mais arte para isso, vá) se travarem de razões com ele por causa disso. Esse seria o primeiro de muitas centenas de cantes que eu acompanharia ao longo de mais de vinte anos, ao ponto de eu me tornar quase um profissional no acompanhamento no cante ao baldão, sendo chamado para festas, cantes privados, enfim, para acompanhar dezenas e dezenas de cantadores ao baldão, cuja maior parte já faleceu.

A minha ligação com o Mestre Manuel Bento, todavia, estagnou. Admito que tive alguma culpa nisso, mas também não quis incomodar o homem, que entretanto arranjara uma nova companheira. Por essa altura, salvo erro, já ele ensinara o Pedro Mestre e ele, enfim, não só tratou de dar nova vida à viola campaniça e a reconciliou com as demais violas de arame, deu também o destaque merecido ao Ti Manuel Bento, organizando uma homenagem em 2011, homenagem essa onde participei com todo o prazer. A fotografia que encabeça este post foi tirada uns anos antes, no I Encontro de Tocadores de Viola Campaniça, realizado em Castro Verde e organizado pelo Pedro, e nem é uma fotografia per se, mas sim um frame do filme do evento em que a câmara calhou a captar um momento em que eu conversava casualmente com o meu Mestre. Há mais algumas fotografias em que aparecemos os dois, tiradas nessa dita homenagem, mas não posso dizer que tenha uma fotografia tirada de propósito com ele, com o homem paciente e atencioso, que até nem gostava muito de tocar mas que gostava imenso de ensinar e que fez questão de deixar ao máximo possível de pessoas o seu dote e a sua arte.

Nunca tive oportunidade de lhe agradecer a paciência que teve comigo para me ensinar e o ter-me transmitido este saber (que hoje em dia é o meu ganha-pão) – ou falta de acanhamento para lho dizer. E quando faleceu, em 2015, eu estava na altura num estágio na Autoeuropa: o Pedro mandou-me mensagem a dizer que iam fazer uma homenagem no funeral, que gostavam que eu estivesse presente como um dos alunos dele; todavia, devido ao maldito estágio, não pude juntar-me a esse evento – ainda hoje me lamento por isso. Teria tido todo o prazer em tocar, junto ao seu caixão, a moda que ele me ensinou e que eu tocaria tantas horas a fio ao longo da vida, a “Marianita és baixinha”, melodia de acompanhamento ao cante ao baldão…
Não sei o dia ao certo, mas aquele encontro no cemitério de Garvão, há 24 anos, deve ter sido mais ou menos por esta altura. E a vida continua. E se, nos dias de hoje, posso ensinar miúdos e graúdos a tocar viola campaniça, depois de anos em que admito ter tratado esta arte com algum desmazelo, posso agradecê-lo ao Mestre Manuel Bento. Que pena não lho poder ter dito ainda em sua vida. E que pena não o ter feito sentir orgulho neste seu pupilo.

Obrigado. E desculpe.

disfunção original de Carlos Loução às 15:35

26.07.16

rod.jpg

O texto que segue talvez tenha tiques de parvoíce. Mas como o espaço é meu e eu coloco aqui o que me der na real gana, que se lixe. Além do mais, como estou a atravessar uma fase algo negativa, nada como dar asas à escrita para distrair.

O Rodolfomobile morreu. Aquele "Ferrari dos pobres" que me acompanhou durante os últimos oito anos por essas estradas nacionais percorreu o seu último quilómetro e partiu rumo a esse ferro-velho celestial para onde vão os carros quando chegam ao fim da vida. Alguns de vós poderão achar que isto é demasiado parvo e que um carro, qualquer carro, não merece tamanha pieguice, mas... nunca se esquece o nosso primeiro. Seja lá o que for o assunto, seja a primeira vez que tivemos intimidades com uma rapariga, a primeira vez que fomos trabalhar. E o Rodolfomobile foi o meu primeiro carro. Um Seat Ibiza Mk. 1 de 1988, preto, quadradão, que fora de um tio meu e que o meu pai depois "reencaminhou" para mim. Chegou-me às unhas com cerca de 85 mil quilómetros percorridos (sim, durante a vida nunca teve muito uso), faleceu com mais de 144 mil. Era um carro que deu problemas ao nível do radiador e que demoraram anos a ser resolvidos (apesar de nunca a 100%), sem ar condicionado nem vidros eléctricos e, durante algum tempo, sem ar quente no habitáculo - o que significava que viajar nele durante o Inverno era um castigo. Tinha uma ponteira da direcção que fazia banzé sempre que se arrancava em curva, o vidro da porta traseira do lado esquerdo não abria, a alavanca das mudanças tinha um buraco no centro da "maçaneta" devido ao Sol ter queimado o plástico todo. E, mesmo assim... tinha carisma.

O Rodolfomobile não era só um carro, foi um companheiro insaciável de muitas viagens e aventuras (insaciável pois tinha um apetite voraz por gasolina que quase trinta anos de vida não conseguiram diminuir, antes pelo contrário). Levou-me de férias para a terra incontáveis vezes, de férias para outros lados, atrás de comboios, de casa para o trabalho e de regresso, levou-me à descoberta de centenas de marcos quilométricos, levou-me ao encontro das pessoas que amava, levou-me inclusivamente algumas vezes ao Céu. Em oito anos, fiz com ele o que qualquer um fez ou deve ter feito com o seu primeiro carro. E... não vou mentir: tinha a secreta ambição de o conseguir preservar, restaurando-o até ficar quase como novo - mas a vida nunca mo proporcionou, nunca consegui ter finanças para começar esse projecto. E, há dias, isso tornou-se inviável, com um ataque cardíaco fulminante que o deixou em coma irreversível. Perante os factos, e com enorme pena minha, nada mais houve a fazer senão desligar-se a ficha e proceder-se aos arranjos para o funeral. Neste momento, o Rodolfomobile ainda poderá existir, mas já apenas como um monte de ferro-velho, uma carcaça já sem algumas peças, ou algo intermédio.

Neste momento, a busca para um substituto já começou, e até pode ser que o escolhido seja um carro muito melhor, muito mais confortável, com ar condicionado, vidros eléctricos e essas coisas todas. Pode ter isso tudo - mas não terá o carisma do Rodolfomobile. Aquele carro tinha uma identidade própria, coisa que os carros de hoje em dia já não possuem, todos cheios de electrónicas e computadores e cinzentismo.

Já tenho saudades do Rodolfomobile.

disfunção original de Carlos Loução às 19:50

Twitter button
Este web-log não adopta a real ponta de um chavelho. Basicamente, aqui não se lê nada de jeito. É circular, c...!
Twitter
enviar spam
Fevereiro 2024
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
14
16
17

18
19
20
22
23
24

25
26
27
28
29


vasculhar
 
Disfunções mais velhas que a sé de Braga
2024:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2023:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2022:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2021:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2020:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2019:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2018:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2017:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2016:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2015:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2014:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2013:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2012:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2011:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2010:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2009:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2008:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2007:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2006:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2005:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


Networked Blogs
origem
blogs SAPO