E pronto, estamos nas ante-vésperas do Natal. Chegámos àquela época do ano em que andamos todos numa azáfama a desejar "feliz Natal" a todo o mundo e mais o outro. Àquela altura que começa, na realidade, em pleno mês de Novembro (ou antes, às vezes!), com o início das promoções natalícias das grandes superfícies.
Por outras palavras, uma época extremamente hipócrita.
Muita malta apenas se interessa pelo Natal por causa das prendas, isso é ponto assente. A hipocrisia está também naquele acto de desatarmos numa sanha desenfreada a enviar SMSs ou mails ou posts no Facecoiso a marcar toda a gente que temos lá como "amigos" a desejar um "Feliz Natal"... Para aí metade (e isto fazendo contas por baixo) das pessoas que tenho "amigadas" no Facebook não as vejo há mais de seis meses, nem faço ideia se alguma vez vou voltar a ver ou a ter qualquer espécie de interacção com elas, que também nem sequer fazem um esforçozinho também para dizerem um "olá" e mesmo assim tenho de lhes desejar uma quadra festiva feliz? Consigo ser um miserável sacana hipócrita mas também não chego a tanto, quer dizer...
Já não tenho idade para Natais, sinceramente. Quer dizer, gosto do ir à terra, gosto do lá estar de roda da lareira, de lá estar com os meus familiares (vá, alguns deles, não exageremos)... o resto é palha, dispenso. E as minhas gentes também, para ser sincero.
Por isso, cá fica a imagem costumeira do Natal, e siga mazé p'ró Ano Novo!