Bom, bem conseguido, mal conseguido, lá consigo arrastar-me para fora da cama, engolir a custo uma taça de Chocapic (passe a publicidade), e arrastar-me durante dez minutos até chegar à estação...
Mais uma coisa que não percebo, e que me desculpe a malta que trabalha em Lisboa e apanha o Ferchulus: porquê correr para o comboio? C'um caneco, vocês tem comboios de dez em dez minutos, e são sete da manhã! Mesmo fora de horas de ponta, vocês só esperam, no máximo, vinte minutos pelo dito... Eu tenho comboios de hora a hora! E isso não se altera por ser hora de ponta, ou não!...
Bem, já na plataforma, lá tenho de aturar um segurança que se entretém a fazer apitar os torniquetes novos que lá meteram recentemente, e mesmo que o apito daquilo fosse a Nona Sinfonia de Beethoven, aquilo continuaria a bulir-me com os nervos.
Cá dentro da UQE (vão vocês procurar o significado, que estou mal disposto - como se ainda ninguém tivesse reparado), é outra aventura para arranjar lugar... apenas me consola pensar que os que vão para Lisboa estarão pior que eu (desculpem lá outra vez, mas é a natureza humana regozijarmo-nos com os azares dos outros).
E a Ferchulus mudou outra vez os horários. Basicamente, o comboio sai de Setúbal um minuto mais tarde (mas chega à mesma hora, por incrível que pareça). Iupi.
A chegar a Setúbal neste momento, e lá me vou eu preparar para mais duas horas de injecção de Probabilidades e Estatística. Literalmente, injecção. Aquela mulher a escrever matéria no quadro é pior que um autómato... e isto às 8h30 da manhã... parece que fez como o meu galo, e tomou Red Bull de manhã. Gostava de ser assim.
Gostava de ainda estar na cama.
Gostava, mesmo, mesmo, era de ainda estar a dormir.