Bom, depois dum período em que parecia que tinha sempre assunto para escrever, mais um intervalito, até hoje. E hoje quero mostrar o porquê deste web-log se chamar "As Disfunções Mentais...". Hoje vou deixar aqui alguns raciocícios que me surgiram pela mente nos últimos dias. Preparados para a parvoíce? Ora aqui vai.
I-"Deus não existe" equivale a dizer "José Castelo Branco é um mito"
(antes de me insultarem por esta profanação, leiam o resto, que até pode ser que a implicação faça sentido... ou não, ou não)
Eu sou muito (como dizia um amigo meu, "bota muito nisso!") céptico. Incrivelmente. Vocês nem imaginam. Por isso, digo-o com todas as letrinhas. Não acreditoque Deus exista... porque nunca o vi. Sou céptico a esse ponto. Assim como nem acredito que o ar exista. Falem-me lá no vento, ah e tal... desculpas. O vento é motivado pela rotação da Terra: como giramos, isso faz vento, e tal... Só consigo acreditar no que vejo com os meus próprios olhos. Por isso não acredito nas estrelas. Quem me diz a mim que o que está lá em cima não são milhões de luzinhas dispostas num pedaço de cartão preto para simular o espaço, e que nós não somos meramente frutos duma investigação de seres gigantes? - ou então não, porque nunca os vi. Pronto, adiantei-me a vocês - Aliás, eu nem sei se eu próprio existo! Eu nunca me vi... acho que não sou real!! Também nunca vi o Zézinho do Frota... por isso acho que ele não existe, foi uma farsa da TVI. A única personalidade que eu sei que existe é o Manuel Monteiro. Ou pelo menos acho que era ele, os óculos pareciam os mesmos. Já não sei.
II-Quem faz .pps's não tem vida pessoal
Vou assumir que não saibam do que estou a falar. .pps, as apresentações do Powerpoint, aquelas que nos enchem as caixas de correio electrónicas (literalmente, se ainda vivessemos nos tempos do Hotmail a 2Mb's...). Aqueles .pps's com fotos de paisagens/carros/coisas intermédias, que seriam melhor empregues e mais fáceis de manusear se as adicionassem ao mail, em vez de criarem um a apresentação e só depois a anexar, com mensagens subliminares (Deus, amizade, felicidade, blá, blá, blá, sabem do que estou a falar), onde se incluem as já muito batidas "correntes de amizade" - não vale a pena bater em mortos -, ou então algo que parece ter sido importado do agora defunto rotten.com: imagens de acidentes, com carcaças de chassis misturados com intertinos e braços a eito - e que, invariavelmente, eu acabo por apagar mal chego à primeira. A sério... nunca ninguém pensou, enquanto passam ao mail seguinte, quem raio faz estas coisas?
Será que o pessoal brasileiro (sim, porque a esmagadora maioria são brasileiros - vá-se lá perceber porquê... não que tenha alguma coisa contra eles, antes pelo contrário) que chega a casa vindo sabe-se lá daonde tem logo na mente fazer uma apresentação lamechas e enviá-la ao maior nº de pessoas possível? Será que muitos deles tem como ambição pessoal criam algo que circule todas as caixas de correio de todo o mundo? Quem é que tem objectivos desses na vida? A não ser... que não haja uma vida, sequer. A não ser que passaem a vida encafuados em casa, sem amigos, depois se lembrem de criar um -pps e enviá-lo ao desbarato.
e agora, a "panache"...
III-Expressões longínquas
Antes de mais, devo convessar que esta foi criada enquanto estava à sanita, a tratar de despejar o almoço. E por isso me senti na obrigação de questionar algumas das expressões que se usam por cá. Expressões de distância.
E porquê estas expressões?
Bom, um bocadinho óbvio... se nos lembrarmos duma delas: o "no cú de Judas". Eu não acho que isso faça muito sentido. Em primeiro lugar, porque não deve ter existido só um Judas na terra - mesmo sabendo que esse não é grande nome para se dar a um filho -, o que poderia dar azo a situações do género:
"-Onde é isso?
-No cú de Judas.
-Ah, ali? *aponta para o traseiro dum indivíduo chamado Judas*
Extremamente embaraçoso, diga-se. Mas pronto, assumindo-se que só houve mesmo o judas Iscariote, vamos lá a ver. O homem era hebreu, ou seja, ali nos arrabaldes da Palestina e Israel, certo? Ora, ele matou-se por lá à mesma e os ossos dele apodreceram ainda na mesma zona... ou seja, quando alguém diz que algo fica "no cú de Judas" significa que isso fica no Médio Oriente? Hmm... não me parece, não sei porquê. Concerteza que é longe, mas... acho que não tem o tipo de longinquidade que lhe é atribuída.
"A três dias de Bagdad", também já ouvi essa expressão, não sei já a quem, mas também, é algo dúbia. Precisamente pelos mesmos motivos que a anterior. Está bem que sempre fica mais longe do que o Médio Oriente, mas ainda assim, desprovido da "lonjura" que lhe dão. É só enfiarmo-nos num avião!
"Para lá do sol posto" já me parece mais coerente. Porque podemos ir atrás do sol posto. nas nunca lá chegamos. Um pouco na dinâmica de se chegar à ponta do arco-iris (eu já vi uma!! Ahahahaha), mas em quantidades astronómicas. Não dá... se alguém quiser experimentar, deve ser algo do género dos ratos andarem naquelas rodinhas, que nunca saem do mesmo sítio...
Para além destas, temos o "C... mais longe" e o "Santa C... de Assobios", que não vou dissecar aqui por evidente decência.
Foi assim muito parvo?
Enfim... tinha de fazer alguma coisa. Foi um dia muito longo, desde as 6h, e estava de precisar de libertar energias.
Boas dissertações.
(acham que é desta que consigo uma entrada gratuita num hospital psiquiátrico? Se acham que sim, liguem p'ra lá e falem-lhes de mim... convém começar a criar já reputação)