13.02.23

What-to-do-if-your-child-is-addicted-to-ipad-min.p

Vivemos tempos muito complexos. Temos tudo ao alcance dos dedos (muito mais que no tempo das Páginas Amarelas) – contando, claro está, que se tenha um dos denominados smartphones e um pacote de dados generoso. Ora isto é muito bom se tivermos uma dúvida qualquer no momento (o "tio Google" raramente se engana)… mas traz-nos diversas desvantagens, que afectam principalmente a geração mais nova.

Às vezes, por graça, digo que ser-se pai nos dias de hoje é fácil: basta consumar o acto, esperar nove meses e depois entregar-lhe um telemóvel para as mãos. Isto é um exagero, claro, mas a realidade por vezes não anda muito longe disso. Quantas vezes vamos a um restaurante e vemos casais com os filhos agarrados a um smartphone para aturarem sossegados durante a refeição? Quantas crianças chegam a casa depois da escola que se vão logo agarrar ao tablet ou ao telemóvel dos pais para verem bonecos a tarde inteira até à hora de jantar (ou mesmo depois) porque os pais ou familiares não se estão para se chatear com aquela coisa da educação?

Claro que isto depois causa problemas a quem tem a tarefa de lhes tentar ensinar alguma coisa na escola. Tentar-se ensinar, por exemplo, viola campaniça ou modas alentejanas a crianças que têm a cabeça cheia de TikTok, Reels do Instagram e vídeos de bonecos ou de sucata no YouTube acaba por se tornar tão produtivo como tentar dar banho a um gato bravo. Sai-se da sala de aula desmotivado porque não se conseguiu que meia-dúzia de alunos aprendessem a cantar uma moda como "Dá-me uma gotinha de água", enquanto a rapaziada regressa a casa para continuar a absorver sucata do Enaldinho ou do Luís Bafo Bafo (não consigo encontrar melhor termo, desculpem) e passarem toda a semana a espalharem essa mesma sucata uns com os outros. Poder-se-á argumentar que têm de ser os professores a encontrar alternativas para tornar o ensino da cultura popular mais atractivo para a malta que está agora no 1º Ciclo, e talvez eu seja capaz de concordar com isso; agora, apresentem-me uma receita que resulte. Não acho que tenha de ser eu a dizer aos pais ou encarregados de educação dos alunos "proíbam os vossos filhos de ver sucata nos telemóveis" – ou, melhor ainda, "não entreguem telemóveis ou tablets aos vossos filhos" – pois não sou ninguém para dar conselhos do que fazer a respeito de parentalidade.

Para alguém que gosta de ensinar e gosta de transmitir o pouco que aprendeu em quase um quarto de século como tocador de viola campaniça, é absolutamente destruidor e desmotivante ver meninos e meninas a fazer dancinhas vistas no YouTube no meio da aula e a resistirem a aprender o que (ainda) resiste das nossas tradições. Talvez o problema seja meu, no meio disto tudo, que não estou preparado para lidar com quem não quer aprender ou que, pura e simplesmente, não consegue tornar o ensino uma coisa apetecível e não se adapta às novas tecnologias.

Tudo porque às crianças metem um smartphone ou tablet nas mãos para os manterem sossegados e nem sequer se importam com o que eles vêm. O que importa é os meninos e meninas estarem sossegados e não chatearem. Depois queixam-se, daqui por uns anos, que têm filhos mimados e mal-educados, mal-preparados para a vida. Mas isso é depois, eles que se amanhem. O que importa é estarem sossegados agora.

disfunção original de Carlos Loução às 18:05

26.11.22

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Há muita coisa que eu não consigo perceber - e algumas delas, dou graças aos céus por isso assim acontecer. Uma delas é a quantidade assombrosa de gente que se dedica nos dias de hoje a passar ondas positivas e a andarem, armados em Budas, a dar conselhos iluminados sobre como nós devemos andar abraçados uns aos outros, a transmitir energias positivas e a viver em harmonia com o Universo. Aqui na zona, temos um ashram que arrasta multidões, de tal forma que, segundo os últimos Censos, a nossa freguesia foi uma das poucas do concelho (e a única do interior!) a registar um aumento de população residente. Nada contra este movimento, atenção: se os locais vão falecendo e os descendentes cortaram os laços, qualquer grupo de pessoas que venha habitar este território é sempre bem-vindo. Especialmente quando os recém-chegados colocam os seus filhos nas escolas da região, fazem compras no comércio local, dão trabalho às formas de construção civil da zona. E fazem da feira mensal de velharias e produtos locais um sucesso desde a primeira edição, 

Todavia, há questões que não deixam de me surgir associadas ao ashram e aos seus seguidores.

1) o ashram é focado num líder, claro, e num líder carismático que arrasta multidões (basta ver a quantidade de gente que veio atrás dele), que professa ensinamentos derivados do budismo. Até aqui, nada de anormal. A primeira coisa que causa alguma estranheza são as regras para se poder visitar o ashram: nada de fotografias ou vídeos e os trabalhadores estão proibidos de falar sobre o que se passa lá dentro, de tal forma que mesmo as reportagens feitas por órgãos da comunicação social sobre o espaço são impedidas de registar imagens: se tudo o que se lá passa é tão positivo e bom, porque é proibido fotografar ou filmar o que quer que seja?

2) como disse, há centenas de pessoas a viver cá na freguesia graças a este ashram, pessoas que orbitam em redor dele e bebem todas as palavrinhas que o guru debita, frequentando as suas palestras e os seus retiros - e pagando por isso. Agora… essas pessoas vivem do quê? Algumas trabalham no restaurante entretanto aberto na sede de freguesia (e devo desde já dizer que a comida é de topo), mas não são muitas, portanto… de onde lhes vem o dinheiro para pagarem os retiros e as coisas do dia-a-dia? Certo, haverá os que trabalharão em regime de tele-trabalho, ainda antes da pandemia… mas todos? É que não se dá conta de muitos deles fazerem grande coisa - ou talvez eu esteja a olhar para o lado errado, também pode ser, admito. Muita desta malta vai-se dedicando a fazer produtos esotéricos, chás de toda a variedade, comidas veganas, vegetarianas e "normais", para quando se realizar o mercado de velharias e produtos locais venderem as suas obras uns aos outros… mas mais uma vez pergunto: todos?

Gostava de perceber todo este movimento hippie em busca da sustentabilidade ecológica e espiritual, do andarem descalços em todo o lado até mesmo no alcatrão da estrada, da necessidade de fazerem sabonetes de folhas de cânhamo e de pétalas de lírios colhidos numa noite de luar, do terem rebanhos de cavalos em que alguns até têm as costelas à mostra… Sim, parece que me desviei um bocado do objectivo inicial do post. Porém os novos habitantes do Alentejo profundo acabam por possuir estas características, vindos atrás das teorias de gurus ou de estilos de vida diferentes, desencantados com o capitalismo desenfreado e atirando-se de cabeça à primeira ideologia inclusiva que apareça. Não percebo, pronto.

 

PS: provavelmente dos textos mais parvos e sem nexo que escrevi - o que, num sítio onde temos "disfunções mentais", é obra. E ainda queria escrever um livro, eu…!

disfunção original de Carlos Loução às 23:12

11.09.22

festival-4530040_1280.jpg

Isto de andar metido em projectos musicais faz com que, às vezes, me veja envolvido em situações que, depois, metemos as mãos na cabeça e pensamos "Que raio acabou de acontecer?" Talvez seja mesmo do meu próprio feitio, ou do facto de ser um tanso / ingénuo / …, mas olho para a vontade de certas pessoas se mostrarem, ou sobressaírem à viva força, e pergunto-me se vale a pena tanta coisa.

Isto tudo derivado de uma série de eventos que tem acontecido mensalmente em freguesias de um concelho alentejano. Depois de uma primeira tentativa, há meses, o projecto que integro recebeu um convite para participar na edição deste mês. E aqui cometeu-se um erro: não se respondeu ao mail recebido – não por maldade, mas apenas por uma questão de ir adiando a resposta até que, eventualmente, a correspondência electrónica entretanto recebida faz desaparecer o dito mail. Eis senão quando, para espanto dos actores do Centro, este aparece na programação do dito evento em todas as redes sociais. Depois de uma troca de ideias, e para não manchar o nome da instituição, cede-se e preparam-se as coisas para o grupo habitual comparecer no evento.

Dia do evento. Chegada ao local. Recepção por parte dos organizadores, tudo normal. O grupo, que consiste em dez alunos e dois monitores, é encaminhado para o local onde irá actuar, que não possui qualquer espécie de amplificação sonora e com cadeiras impróprias para quem vai manusear um instrumento musical (ou seja, com braços). Bom, paciência. Corações ao alto, bola para o mato, etc.. Temos à nossa volta um vasto grupo de pessoas, maioritariamente estrangeiros, de todos os tamanhos, feitios e cortes de cabelo. O silêncio que, por falta da amplificação sonora, acaba por ser imprescindível não existe, mas temos pessoas a olhar para nós, à espera do que vai sair dali. E assim começamos a tocar, apesar de os alunos não se conseguirem ouvir de ponta a ponta. E é então que surgem os telemóveis para nos filmar e/ou fotografar – eu costumo dizer que já fui filmado e fotografado mais vezes do que cabelos que tenho na cabeça, mas depois nunca chego a ver esses registos uma vez que, nos dias de hoje e com as definições de visibilidade das redes sociais, os mesmos apenas ficam visíveis para um grupo restrito de pessoas. Os telemóveis que vejo também me fazem pensar um pouco: uma grande maioria das pessoas que ali estão podem ser consideradas hippies, amantes da Natureza, eco-fundamentalistas, que são contra agricultura intensiva, explorações de petróleo e minas de lítio… todavia não se coíbem de adquirir os mais recentes iPhone ou Samsung ou Huawei ou qualquer outra marca de smartphone. Há alturas em que a hipocrisia humana é absolutamente deliciosa.

Mas continuemos. O grupo faz a sua actuação, o melhor possível face às condições providenciadas, e termina sob um coro de aplausos – nada a apontar ao público. Depois disso alguém (com ênfase no "alguém", não sei se da organização ou não) avisa que haverão pizzas para os miúdos, pelo que se espera mais um bocado, dá-se uma volta ao recinto, vê-se os vendedores de produtos locais, conversa-se aqui e ali com uma ou outra pessoa. As pizzas demoram a chegar – uma vez que são feitas artesanalmente e cozidas num pequeno forno – vêem duas a duas e, no total, são cinco… para dez alunos e dois monitores, devo recordar. Obviamente, à medida que as mesmas chegam imediatamente desaparecem. E depois desta fartura, levanta-se âncora, abandona-se o recinto do evento e regressa-se à base. Isto sem que pessoas da organização digam alguma coisa mais, ou sequer agradeçam pela actuação – ou apareçam, tão-pouco. E quando se abala, no palco principal – sim, havia um palco, se bem que do tamanho duma noz – um grupo ligava os seus instrumentos à aparelhagem de som para começar a tocar daí a pouco.

Gosto que haja eventos, estes fazem falta principalmente quando procuram dar vida ao interior. O problema é quando os eventos que se fazem parecem servir unicamente o propósito de meter alguém em bicos de pés, de mostrar que organização X consegue fazer eventos para promover a ruralidade e os produtos e produtores locais, mesmo que estejam lá muito poucos nativos e uma esmagadora maioria de estrangeiros a expor a sua produção vegetariana / vegana / biológica / …. Sabe-se que acaba por ser um reflexo da densidade populacional do interior do Alentejo, principalmente da zona serrana do Alentejo, mas acaba por ficar sempre um sabor de que estes eventos são direccionados para um público que não é o nativo. E, claro está, com a finalidade de servir de rampa de lançamento para promotores de eventos.

Não gosto de coisas feitas apenas para colocar terceiros debaixo dos holofotes. Mas, acima de tudo, não gosto de coisas feitas com tanta falta de respeito para quem é convidado a lá tocar (o que até nem foi bem o caso, uma vez que nunca houve uma resposta afirmativa ao convite que nos foi endereçado). Até porque este tipo de situações acaba por afectar e desmotivar os nossos alunos e deixar piores que estragados os seus familiares. Todavia acaba por servir de aprendizagem para todos – até para nós, que em casos deste género possivelmente iremos ter outra reacção.

disfunção original de Carlos Loução às 12:00

01.07.15

Buckets-of-Shit.jpg

(f...-se, que hoje abusei no tamanho do título...)

Durante anos, os Estados Unidos da América foram a terra do "sonho americano", onde qualquer pessoa podia seguir o seu sonho e atingir o sucesso. Nos dias de hoje, todavia, eu diria que os States já foram ultrapassados por um país bem mais pequenino: Portugal. E isto porquê? Porque não há idiota nenhum que não consiga ter sucesso - bastando, claro está, "cair em graça".

Quer dizer, todos nós reclamamos que Portugal é um país governado por ladrões e oportunistas, que se movem unicamente para encher os seus próprios bolsos: esse tema é longo de discutir; mas, se damos oportunidade de outros oportunistas e idiotas singrarem na vida e encherem-se de papel, que moral temos para reclamar dos engravatados partidários?

Mas enfim, essa questão ficará, possivelmente, para outra altura.

Esta posta (nome bonito, diga-se... deve ser do cheiro a peixe podre) é motivada por um acontecimento do dia de hoje que marcou a minha vida por completo: peguei num livro do Pedro Chagas Freitas. E li duas páginas do mesmo. A minha conclusão foi apenas e só uma: como é que é possível algo tão vazio de substância vender tanto, por Deus? Como é que é possível um livro cheio de frases órfãs de interligação entre elas estar nas listas dos livros mais vendidos em Portugal? Vejamos aqui alguns excertos retirados ipsis verbis até no formato e tudo:

      hoje estou triste porque não escreveste para mim,

      quando fazes beicinho o sol concentra-se no interior dos teus olhos, e tudo à volta escurece,

      e aqui estou eu a escrever,

      já estás a ficar melhor, estás?,

     o teu corpo contra o ar é uma espécie de atestado de incompetência para a natureza, como pode a matéria interromper o correr do tempo?,

      podia escrever hoje sobre o sorriso do teu biquini junto à piscina,

     as vezes que te amei nos meus pensamentos, e de que maneira, é melhor nem te dizer para não te chocar,

      desculpa,

      mas em todos os pensamentos acabámos com um orgasmo,

      que maravilha,

      és tão casta e tão esfomeada,

      no lugar onde estou já te despi várias vezes, e é possível, sim,

     não te rias e me venhas com essa ideia quadrada de que só se despe uma vez, porque depois está despido já,

      não está, amar-te é despir-te várias vezes no mesmo corpo, como se houvesse camadas de nudez,

      e há, só quem nunca se despiu ainda não o percebeu,

      está a ficar bom o texto?, serve-te para me quereres para todo o sempre?,

      (...)

 

original.jpg

A sério, há alguém a quem esta ladaínha toda faça algum sentido? Confesso que li uma página para a frente, para trás, de cima para baixo, de baixo para cima, da esquerda para a direita, da direita para a esquerda e continuei sem perceber um cartucho daquilo. Também pensei que o livro estivesse escrito num idioma próximo do português mas cujas palavras tivessem significados diferentes - neste momento, é a única ideia que para mim faz sentido.

Gostava de conhecer uma confessa apreciadora dos livros e textos do Pedro Chagas Freitas; gostava que ela me explicasse qual a mensagem escondida no que ele escreve. É que, do meu ponto de vista, os conteúdos dos canhenhos de sua autoria são coisas que parecem sair de um gerador de textos aleatórios, que junta frases sem qualquer sentido umas com as outras, sem que haja um princípio, meio ou fim declarados e confessos, sem que haja um mínimo de fio condutor em todas e quaisquer páginas? Será que isto dos livros é como aqueles quadros que não passam de rabiscos ou esculturas que não passam que perfeitos mamarrachos e que, nos leilões são arrebatados por centenas de milhões de euros? Ou será esta a resposta feminina (sim, porque, convenhamos, a maioria de leitores dos livros do Pedro Chagas Freitas pertence ao sexo oposto) a revistas como a Penthouse, Playboy, Maxmen (nem sei se elas ainda existem, mas vocês percebem a ideia) ou a jornais, publicações em que não é preciso gastar muita massa cinzenta para as compreender?

Confesso que eu sou da velha guarda, prefiro ler livros com um fio condutor, que me prendam à acção, que me façam não o conseguir largar até chegar à última página, sem chegar ao final da meada, sem chegar àquela palavra de três letrinhas que assinala o término do livro ('fim', para os mais distraídos). Gosto de livros que me façam sentir que não dei o meu tempo por perdido ao dedicar-me à sua leitura. E isto, lamento... mas, durante os cerca de dois minutos que perdi a tentar decifrar os textos contidos naquelas páginas, senti neurónios a definhar e morrer sob gritos de agonia extrema. O que já me deixa com poucos...

Podia acabar este desabafo com um "eu consigo escrever melhor que aquilo!" e colocar, como prova, um link para um outro projecto que eu tenho, mais underground, de textos de cariz mais picante. Todavia, como poderíeis apontar e bem, ele está cheio de chuchu (ou tão cheio de chuchu como um escritor em Portugal pode ter), enquanto eu não passo de um gajo com uma fanbase exponencialmente reduzida (se é que existe, de facto).

Touché, meus caros. Touché.

música: Airwave - Candy of Life
disfunção original de Carlos Loução às 21:50

11.03.15

real-ghost.jpg

Bom, hoje estava para comentar mais um assunto do momento - aquela coisa das feministas andarem saídas da casca a invadirem barbearias e a queimarem soutiens - quando uma outra questão, mais próxima cá do peito, brotou do nada e fez-me pensar na vida. Obviamente que não vou entrar em detalhes - são coisas pessoais - mas tenho de arranjar forma de deixar isto sair, e como ainda é ilegar embarcar em "rampage sprees" dignas de um Falling Down, tem de ser por aqui mesmo.

Estais a ver aquelas pessoas de quem nunca nos conseguimos verdadeiramente esquecer, que nos marcam e com quem pensamos, um dia, vir a assentar, que depois nos magoam da maneira mais profunda possível, mandam-nos para o c..., dizem que que somos "pequeninos" e encolhem os ombros a seguir? Pronto, acontece-nos a todos mais cedo ou mais tarde na vida. Depois, com muita luta, muito jogo mental e muita presença de amigos e ajuda, essas pessoas acabam por passar à categoria de fantasmas. E que categoria é essa? É a das pessoas que, por muito que nós queiramos, não há meio de desaparecerem da nossa vida, aquelas cuja memória fica a perdurar no tempo, aquelas cujas memórias afloram à lembrança ocasionalmente, especialmente quando há amigos em comum, e, principalmente, aquelas que, volta e meia, decidem mandar uma mensagem para anunciarem qualquer coisa, ou que passaram à tua porta, ou que vão estar em sítio tal e tal. O que esperam essas pessoas: que, depois de toda a mascarra que engolimos e das paredes que amassámos com a cabeça por sua causa, apareçamos por lá como cachorros abandonados a dar a pata e a querer "fazer amor com a perna delas" novamente?

Já não tenho pachorra para estes joguinhos. Especialmente agora, que estou numa fase delicada da vida, que apenas quero não ter chatices e ter unicamente paz e sossego. Por isso, oh Senhores que comandam o Destino, estejam mazé quietinhos e esqueçam-se de mim mais uns seis meses, OK? Deixem-me andar com as minhas merdas sossegado.

disfunção original de Carlos Loução às 18:25

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