Bom, hoje estava para comentar mais um assunto do momento - aquela coisa das feministas andarem saídas da casca a invadirem barbearias e a queimarem soutiens - quando uma outra questão, mais próxima cá do peito, brotou do nada e fez-me pensar na vida. Obviamente que não vou entrar em detalhes - são coisas pessoais - mas tenho de arranjar forma de deixar isto sair, e como ainda é ilegar embarcar em "rampage sprees" dignas de um Falling Down, tem de ser por aqui mesmo.
Estais a ver aquelas pessoas de quem nunca nos conseguimos verdadeiramente esquecer, que nos marcam e com quem pensamos, um dia, vir a assentar, que depois nos magoam da maneira mais profunda possível, mandam-nos para o c..., dizem que que somos "pequeninos" e encolhem os ombros a seguir? Pronto, acontece-nos a todos mais cedo ou mais tarde na vida. Depois, com muita luta, muito jogo mental e muita presença de amigos e ajuda, essas pessoas acabam por passar à categoria de fantasmas. E que categoria é essa? É a das pessoas que, por muito que nós queiramos, não há meio de desaparecerem da nossa vida, aquelas cuja memória fica a perdurar no tempo, aquelas cujas memórias afloram à lembrança ocasionalmente, especialmente quando há amigos em comum, e, principalmente, aquelas que, volta e meia, decidem mandar uma mensagem para anunciarem qualquer coisa, ou que passaram à tua porta, ou que vão estar em sítio tal e tal. O que esperam essas pessoas: que, depois de toda a mascarra que engolimos e das paredes que amassámos com a cabeça por sua causa, apareçamos por lá como cachorros abandonados a dar a pata e a querer "fazer amor com a perna delas" novamente?
Já não tenho pachorra para estes joguinhos. Especialmente agora, que estou numa fase delicada da vida, que apenas quero não ter chatices e ter unicamente paz e sossego. Por isso, oh Senhores que comandam o Destino, estejam mazé quietinhos e esqueçam-se de mim mais uns seis meses, OK? Deixem-me andar com as minhas merdas sossegado.