31.07.13

Ora bem, como o primeiro post do período de férias até saiu, siga lá vomitar mais um bocado de peçonha. O tema de hoje é sobre um fenómeno recente, visto muito nas redes sociais (obviamente), mas não só: o "fangirlismo".

Para os que não andam pelo Twitter ou pelo Facecoiso (ou seja, quem não tem computador, o que faz deste parágrafo algo supérfluo), uma fangirl é um elemento, por norma, do sexo feminino (há excepções a este caso, atenção), que basicamente vive para determinados jogadores de futebol. Estais a ver, aqui há uns aninhos, as teenagers que tinham as paredes decoradas com posters do João Vieira Pinto, Nuno Gomes, Beto e outros que tais? Pois, é algo do género - só que elevado à centésima potência. Estas adoptam nicknames alusivos ao jogador que adoram (seja com o nome dele, seja com o número que tem na camisola), criam páginas de apoio ao jogador no Facebook ou contas com o mesmo intuito no Twitter, replicam até à exaustão fotos, notícias, vídeos e tudo o que se relacione com o atleta em questão. E depois vão para o estádio apoiá-lo (podem ir apoiar a equipa por quem ele joga, atenção; mas em primeiro lugar sempre ele, depois o clube) com grandes cartazes a pedirem a camisola dele, bandeiras do país dele cheias de fotos dele, ...

Há um caso em especial que me faz dor de dentes. Como toda a gente que anda nesta coisa das redes sociais sabe, um dos jogadores com mais seguidores é o Salvio, do Benfica. Como seria "normal", existem inúmeras fangirls dele. Uma delas chega a ser obcecada ao ponto de enviar presentes ao Salvio, à mulher e aos filhos deles. Para além, claro está, de centralizar a sua vida em redor do Salvio, da defesa irracional do Salvio. Para esta pessoa, ele nunca joga mal, é o melhor jogador do mundo e é melhor que o Cristiano e o Messi juntos.

Depois há quem leve a coisa ao extremo. Há quem vá ao estádio com cartazes de "saudades" por jogadores (os ídolos) que lá jogaram e que entretanto saíram do clube com conotação de mercenários, há quem tenha orgulho em jogadores que nunca fizeram nada de jeito quando andaram em Portugal... e depois há aquelas que até molham as cuecas quando um deles lhe diz alguma coisa, ou faz um retweet a um tweet delas sobre eles (e o colocam na sua biografia a data, hora e nome do atleta que lhes dispensou um segundo de atenção!)

Eu sei que sou um gajo parvo (hoje tive mais uma confirmação disso mesmo), mas pertenço àquele grupo de pessoas que acha que os jogadores de futebol são pessoas como eu, como qualquer um. Se abrissemos um deles, veríamos que têm dois pulmões, um coração, um estômago, uma carrada de metros de intestinos... tudo normal. Não são deuses. São apenas pessoas que jogam bem futebol - e são pagas a peso de ouro para o fazerem. Há mais pessoas a merecerem veneração e admiração do que eles... e que nunca receberão este tipo de reconhecimento. Tudo porque não sabem dar um chuto numa bola.

Que sociedade de merda.


NOTA: utilizei aqui mais o exemplo do Twitter pois é a rede social que mais frequento. Todavia no Facecoiso o funcionamento é idêntico.

disfunção original de Carlos Loução às 20:40

30.07.13

Se estiverem a ler isto, é muito provável que esteja pendurado numa rede de descanso, a fazer os possíveis e os impossíveis para descansar. Significa também que, como sou pobre, este texto pode aparecer num formato estranho - pois não tenho iPads nem Androids para ter coisas compatíveis com isto e tenho de arranjar uma alternativa merdosa para escrever o que quer que seja.

Pois é, estou de férias. Finalmente, diria eu. Depois de dez meses de "sangue, suor e lágrimas" dum curso profissional que me custou anos de vida, cabelos e um metatarso. Mas ao menos já tenho o certificado de nível 5, com uma média ainda jeitosita. Não vou entrar em detalhes, pois não merece a pena; apenas digo isto: ter portugueses à frente de algo é meio-caminho andado para a desgraça.

Gostava de dizer que estou numa praia tropical, com um mojito na mão e a ver as babes passar, mas isso seria falso. Estou, isso sim, na terra que considero como berço e a ver se arranjo energias para a tortura que vai ser esta etapa a seguir, a de procurar trabalho...

Bom, calhando, está na hora de mudar a rede de poiso. A Júlia Pinheiro nunca mais se cala (e isso dava tema para uma dissertação bem mais alongada. Hmm.)...

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disfunção original de Carlos Loução às 10:53

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Este web-log não adopta a real ponta de um chavelho. Basicamente, aqui não se lê nada de jeito. É circular, c...!
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