Aqui há uns tempos, elaborei um post sobre as auto-estradas. Hoje, quero acrescentar-lhe mais um par de linhas.
Recentemente, aqui nas bandas da Margem Sul, entrou em funcionamento mais um troço (o início) da A33, a auto-estrada que, futuramente, há-de ligar a Caparica (ou, mais precisamente, o Funchalinho) a Canha e à A13 - englobando no seu traçado o IC32 entre Coina e o Montijo - e que terá portagens em alguns pontos do seu traçado (obviamente). Numa altura em que os cordões do cinto dos portugueses andam apertados, é com alguma confusão que se vêm obras deste calibre a avançarem. Especialmente uma auto-estrada como estas em que... enfim, não vejo grande utilidade, confesso.
Anyway, temos mais uma auto-estrada, e, como ainda não há pórticos nem portagens, decidi ir investigar este troço, de 3,8 km e que corresponde à Variante à N377 - construída há uns 15-20 anos para desviar o trânsito da Charneca da Caparica, se bem que sempre ficou incompleta - alargada para três vias em cada vaixa de rodagem. E, antes de mais, a primeira coisa que reparei é neste pequeno pormenor:
Pois é. Se, no meu primeiro texto, já reclamava de haverem auto-estradas a 100 km/h, para se vingarem, os organismos que fazem destas vias vieram colocar, mesmo à minha beira, uma em que a velocidade máxima é de 80 km/h. E, fazendo-se o percurso para trás e para a frente, acaba por ser um bocado evidente o motivo: o traçado não é dos mais convidativos para grandes picanços, com curvas e desníveis que, por exemplo, não se encontram na A2. Mas enfim, é o que temos para papel de amostra.
Podemos dizer, à vontade, que temos da maior rede de auto-estradas da Europa. Agora, também convinha ver-se quantas dessas é que são, verdadeiramente, auto-estradas, com bom traçado, limite de velocidade de 120 km/h, and so on. E viva as aparências.